O Mafir (Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima), pertencente à Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima) foi colocado a leilão para cumprimento de uma ação movida pela Eletrobrás. A distribuidora reclamava do não pagamento de dívidas de fornecimento de energia que se arrastavam desde 2004. Atualmente, o total do débito é de R$ 5 milhões.

O Juiz de Direito, Jarbas Lacerda de Miranda, da 4ª Vara Cível de Boa Vista determinou a realização do leilão  que ocorreu em duas datas, 4 de dezembro e 11 de dezembro. A empresa responsável pelo evento foi a Amazonas Leilões, de Manaus-AM.

No primeiro pregão o Mafir foi oferecido pelo valor de avaliação de R$ 22.129.110,40. Não houve comprador, apesar de 298 pessoas cadastrarem-se para oferecer lance.

No segundo leilão, no dia 11, também não apareceu nenhum interessado na compra. Neste, o valor do Mafir foi reduzido 50%, ficando em R$ 11.064.555,20.

Agora, segundo a Assessoria Jurídica da Codesaima, o juiz da 4ª Vara Cível, Jarbas Lacerda de Miranda, responsável pela ação judicial, será informado do resultado do leilão.

A Eletrobras será chamada para apresentar ao magistrado uma outra proposta para solução da dívida  da  Codesaima. A distribuidora pode solicitar um novo leilão, adquirir o Mafir e até fazer outra negociação de pagamento. 

Os pedidos da Codesaima de suspensão do leilão foram rejeitados pela Justiça, mas a Assessoria Jurídica da Companhia informa que ainda espera o julgamento do Agravo pedindo o cancelamento do acordo firmado entre a Codesaima e a Eletrobras que não foi cumprido, para que uma nova negociação possa ser iniciada.

Caso o Mafir fosse arrematado, traria um grande prejuízo para a Codesaima, uma vez que a unidade é a principal fonte de receita da Empresa. Atualmente, com 160 funcionários, o matadouro abate bovinos e  suínos, comercializa 21 subprodutos que vão de itens de alimentação  a insumos para a agropecuária e pequenas empresas.

A Codesaima está sob intervenção judicial desde 27 de agosto deste ano. A decisão da Justiça do Trabalho ocorreu para que fossem saneados os problemas de contratação irregular de servidores e má gestão dos recursos da empresa.

Outra determinação da Justiça foi que o diretor-presidente interventor nomeado, Diego Bezerra, apresentasse um plano de desenvolvimento para a Empresa, a fim de torna-la cada vez mais autossustentável.